Fonte: G1
Variantes de DNA indicam como cada organismo lida com medicamento.Teste ajuda pacientes que têm dificuldade com certas drogas.
O Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq-USP) desenvolveu um exame genético que ajuda a determinar a dose certa de medicamento para cada paciente. A velocidade com que o organismo processa ou elimina uma droga varia de pessoa para pessoa. A diferença explica por que a mesma quantidade de remédio causa efeitos adversos em alguns indivíduos e pode ser ineficaz para outros. O novo teste mostra a resposta do organismo de cada paciente a uma variedade de medicamentos - psicofármacos, analgésicos, remédios contra cardiopatias, câncer - e viabiliza o ajuste personalizado da prescrição.
O exame avalia os genes responsáveis pela produção de duas enzimas do fígado: a CYP2D6 e a CYP2C19. Elas atuam no metabolismo de 75% dos medicamentos. Tais genes não são iguais em todas as pessoas. Apresentam formas diferentes, conhecidas como alelos. Os pesquisadores do IPq identificam quais alelos estão presentes no genoma de cada paciente. Há uma associação direta entre o alelo encontrado e a resposta ao remédio. “A pesquisa começou com uma paciente que não melhorava com nada”, recorda Wagner Gattaz, presidente do conselho do IPq e diretor do Laboratório de Neurociências, responsável pelo exame.
A coordenadora de genética do laboratório, Elida Benquique Ojopi, conduziu as pesquisas para desenvolver o exame. Quando ele ficou pronto, foi aplicado na paciente e se descobriu que ela é “metabolizadora ultrarrápida”: seu organismo elimina o remédio antes de ele exercer o efeito terapêutico. Hoje, ela toma uma dose 6 vezes maior do que a usual sem ter efeito colateral. Há três anos não apresenta sinal da doença. O metabolismo de vários antidepressivos, por exemplo, depende das duas enzimas. Estima-se que a dosagem em 25% das prescrições receberia ajustes depois do exame genético.
Elida conta que médicos têm encaminhado pacientes para realizar o exame no instituto. Cerca de 250 pessoas utilizaram o serviço. Até agora, a ocorrência de alelos que não demandam correção na dosagem foi igual para os dois genes: cerca de 62% dos pacientes analisados. Os demais casos requeriam prescrições individualizadas. Nos Estados Unidos, três empresas realizam o exame, que custa, em média, R$ 1.900. O IPq cobra cerca de R$ 500 pelo teste, que não recebe cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS). “O dinheiro é reinvestido em pesquisas do instituto”, aponta Gattaz. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
O exame avalia os genes responsáveis pela produção de duas enzimas do fígado: a CYP2D6 e a CYP2C19. Elas atuam no metabolismo de 75% dos medicamentos. Tais genes não são iguais em todas as pessoas. Apresentam formas diferentes, conhecidas como alelos. Os pesquisadores do IPq identificam quais alelos estão presentes no genoma de cada paciente. Há uma associação direta entre o alelo encontrado e a resposta ao remédio. “A pesquisa começou com uma paciente que não melhorava com nada”, recorda Wagner Gattaz, presidente do conselho do IPq e diretor do Laboratório de Neurociências, responsável pelo exame.
A coordenadora de genética do laboratório, Elida Benquique Ojopi, conduziu as pesquisas para desenvolver o exame. Quando ele ficou pronto, foi aplicado na paciente e se descobriu que ela é “metabolizadora ultrarrápida”: seu organismo elimina o remédio antes de ele exercer o efeito terapêutico. Hoje, ela toma uma dose 6 vezes maior do que a usual sem ter efeito colateral. Há três anos não apresenta sinal da doença. O metabolismo de vários antidepressivos, por exemplo, depende das duas enzimas. Estima-se que a dosagem em 25% das prescrições receberia ajustes depois do exame genético.
Elida conta que médicos têm encaminhado pacientes para realizar o exame no instituto. Cerca de 250 pessoas utilizaram o serviço. Até agora, a ocorrência de alelos que não demandam correção na dosagem foi igual para os dois genes: cerca de 62% dos pacientes analisados. Os demais casos requeriam prescrições individualizadas. Nos Estados Unidos, três empresas realizam o exame, que custa, em média, R$ 1.900. O IPq cobra cerca de R$ 500 pelo teste, que não recebe cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS). “O dinheiro é reinvestido em pesquisas do instituto”, aponta Gattaz. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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