quinta-feira, 21 de maio de 2009

Cirurgia extrai rim pelo umbigo do paciente

Fonte: G1 e BBC
Técnica pioneira na Europa permitiu que mulher tivesse órgão extraído através de pequeno corte na barriga.
Usando uma técnica pioneira, médicos britânicos retiraram o rim de uma paciente através de um corte minúsculo em seu umbigo.
A equipe do East Surrey Hospital, em Redhill, na Inglaterra, disse que foi a primeira na Europa a usar a técnica para operar o rim e a vesícula. Quatro pacientes foram submetidos à cirurgia nos últimos 14 meses. O urologista Abhay Rane extraiu o primeiro rim em março de 2008 usando instrumentos especiais operados através do corte minúsculo. A paciente inglesa Susan White, de 30 anos, que foi submetida à operação, disse: "Eu me recuperei muito rápido". "Quando criança, tive meu rim operado e fiquei com uma cicatriz grande". "Estou satisfeita, este procedimento não deixou sinal nenhum. Faz uma grande diferença para a minha auto-confiança". Através de um minúsculo corte dentro do umbigo, os médicos inserem na barriga do paciente um porto de acesso onde são acoplados uma câmera e outros instrumentos. A barriga é inflada com dióxido de carbono para criar espaço para manobras. No caso da remoção do rim, o órgão é desconectado dos vasos e tecidos que o cercam, assim como de outros órgãos. Depois, é embrulhado em um saco plástico e retirado através do umbigo. O corte desaparece após alguns meses e a maioria dos pacientes retorna à atividade normal dentro de alguns dias. O cirurgião Rane disse que desenvolveu o método com seus colegas para limitar o impacto da operação e reduzir cicatrizes. O tempo de recuperação do paciente é reduzido a dias ao invés de semanas, acrescentou o médico. "Foi um ano muito empolgante para nós no hospital, vendo a recuperação tão rápida dos pacientes e ensinando outras pessoas em todo o mundo sobre como fazer isso."

Pessoas com Down têm menos chances de desenvolver câncer

Fonte: G1 e BBC
Pesquisa americana pode apontar novos tratamentos para a doença.
Pessoas com síndrome de Down têm menos chances de contrair câncer porque possuem cópias de genes que impedem o crescimento dos tumores, segundo um estudo publicado pela revista científica "Nature". A pesquisa da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, feita em células de camundongos e humanas, mostrou que uma terceira cópia do gene DSCR1 (também conhecido como RCAN1), presente na síndrome de Down, pode suprimir o crescimento de vasos sanguíneos que alimentam tumores. Os cientistas injetaram células cancerígenas pulmonares e de pele em ratos normais e também em ratos chamados de Ts65Dn, com três cópias de vários dos genes do cromossomo humano 21, como os humanos com síndrome de Down. O estudo mostrou que, após três ou quatro semanas, os ratos Ts65Dn apresentaram cerca de 50% menos tumores do que os ratos normais. Vitamina Os pesquisadores usaram também células-tronco de humanos com Down e normais. Quando injetadas em camundongos, estas células criam tumores. Os cientistas descobriram que, quando foram usadas células-tronco normais, os tumores criaram vasos sanguíneos, mas em células com síndrome de Down, os vasos sanguíneos não se formaram completamente. Os cientistas acreditam que a descoberta pode abrir novas frentes na luta contra o câncer. A equipe liderada por Sandra Ryeom afirma estar tentando determinar as melhores formas de isolar a formação dos vasos sanguíneos, para o desenvolvimentos de terapias. Ela afirma que, desde que seja necessário apenas um gene extra para reduzir a formação dos vasos, um dia, quando a terapia estiver disponível, é possível que a forma de se combater o câncer seja "tomando uma vitamina preventiva", ao invés de se ingerir drogas tóxicas.

Cor da pele afeta o armazenamento da nicotina pelo organismo, diz estudo

Fonte: G1 e Eric Nagourney Do 'New York Times'
Quanto mais escura a pele, maior a absorção de nicotina.Estudo foi feito com poucas pessoas e é tido como "preliminar".
Um novo estudo descobriu que fumantes com pele mais escura podem ser mais afetados pela nicotina do que aqueles de pele mais clara. Pesquisadores disseram ser possível que a nicotina no tabaco se ligue à melanina, composto que dá cor à pele. Quanto mais escura a pele, maior a quantidade de melanina – e talvez mais nicotina seja armazenada. Os pesquisadores, cujo estudo aparece na publicação "Pharmacology, Biochemistry and Behavior", apontaram o pequeno número de pessoas utilizadas no estudo e disseram que as descobertas deveriam ser consideradas preliminarmente. Porém, a pesquisa pode esclarecer o porquê de algumas pessoas aparentemente serem mais afetadas pela nicotina do que outras. Para o estudo, os pesquisadores, comandados por Gary King, professor de saúde biocomportamental na Universidade Penn State, examinaram 150 fumantes afro-americanos. Eles mediram os níveis de melanina e cotinina, um subproduto da nicotina. Eles também fizeram algumas perguntas aos voluntários, para avaliar o quão forte era o hábito de fumar em cada um. Descobriu-se que as pessoas com mais melanina fumavam mais tinham mais cotinina em seu sistema, além do maior nível de dependência em tabaco, disseram os pesquisadores.

Mulheres brasileiras sofrem com desinformação sobre câncer de mama

Fonte: Luis Fernando Correia Especial para o G1
Quase metade delas ainda acha que estresse e psicologia influem.Menos de um terço faz mamografia quando o médico indica o exame.
O surto do novo tipo de vírus influenza dominou o noticiário na semana passada, com certeza um tema que preocupa a todos. Mas no dia 29 de abril entrou em vigor uma lei que obriga o Sistema Único de Saúde a oferecer o exame de mamografia às mulheres com mais de 40 anos. Infelizmente, no mesmo dia, ficamos sabendo que as mulheres brasileiras acreditam estar informadas sobre a o câncer de mama, mas a realidade é bem diferente.
Segundo uma pesquisa realizada em cinco capitais brasileiras, 47% das mulheres entrevistadas ainda relacionam a doença a problemas emocionais e estresse, contrariando as evidências científicas. O câncer de mama está relacionado a histórico de câncer de mama na família, menopausa tardia, reposição hormonal, consumo de álcool, obesidade e não ter filhos.
O oncologista Sérgio Simon, do Hospital Albert Einstein, que coordenou a pesquisa, patrocinada pelo laboratório Pfizer, demonstra a relação que as brasileiras tem o câncer de mama. Das entrevistadas, somente 29% fazem mamografia quando o médico indica o exame. A conseqüência disso é um índice de 10% de detecção precoce, na qual o tumor teria maior chance de cura, poupando as pacientes de cirurgias mutiladoras e sofrimentos maiores no tratamento.
Estima-se que cerca de 400 mil mulheres têm câncer de mama no país, e esse é o tumor maligno que mais mata no sexo feminino. O conhecimento dos fatores de risco e a realização de exames periodicamente podem diminuir o impacto dessa doença no Brasil.

Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN.

Caso de câncer de mama em menina de 10 anos surpreende médicos

Fonte: G1 e BBC
Mãe de americana encontrou um caroço embaixo do braço da filha no mês passado, quando a ajudava a se vestir.
Uma menina de 10 anos de idade foi diagnosticada com câncer de mama na Califórnia, nos Estados Unidos, um caso considerado extremamente raro. A mãe de Hannah Powell-Auslam encontrou um caroço embaixo do braço da filha no mês passado, quando a ajudava a se vestir. Preocupada, Carrie levou a filha ao médico, que a diagnosticou com carcinoma secretório invasivo.
No início deste mês a menina passou por uma mastectomia, cirurgia para retirada da mama. O câncer, no entanto, se espalhou para um nódulo e Hannah terá que passar por outra cirurgia, ou por tratamento de radioterapia.
Campanha A história da menina chamou a atenção da mídia e do público americanos. Os pais dela - Carrie e Jeremy - criaram um site, www.ourlittlesweetpea.com, em que descrevem diariamente a batalha contra o câncer e promovem campanhas para arrecadar fundos para o tratamento da menina. O site também é visto como uma forma de ajudar a família a passar pelo trauma.
A mãe de Hannah, Carrie, falou à imprensa americana sobre sua surpresa ao receber o diagnóstico: "Deveria ser a última coisa na sua cabeça. Meninas de 10 anos não sofrem de câncer de mama". Com a incidência do câncer, Hannah também decidiu se tornar um exemplo para que outras crianças de sua idade conversem com seus pais sobre qualquer mudança que percebam no corpo.
A família também elogia a atitude positiva que a menina vem mantendo diante da doença. Mas segundo sua mãe, tudo o que ela quer agora é voltar à escola e ser uma "criança normal".
O câncer de mama é o tipo mais comum de câncer entre as mulheres, segundo a Organização Mundial de Saúde, e a cada ano são diagnosticados mais de 1,2 milhão de casos em todo o mundo. Especialistas, no entanto, disseram à imprensa americana que a doença é extremamente rara entre as crianças e alertaram que o excesso de atenção dado ao caso pode provocar medo desnecessário entre os pais.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

10 doenças raras...

Fonte: Wikipedia
- Síndrome Riley-Day: Insensibilidade congênita à dor Frequência

100 casos documentados nos Estados Unidos.

Frequência: Desconhece-se em outros locais por não ser facilmente diagnosticado por passar quase sempre desapercebida.

Causa: Descoberta recentemente. Deve-se a uma mutação num gene encarregado da síntese de um tipo de canal de sódio que se encontra principalmente em neurônios encarregados de receber e transmitir o estímulo doloroso.

Descrição: São indivíduos totalmente normais no tato e na sensibilidade ao frio, ao calor, pressão e cosquinhas. No entanto, ante qualquer ato que em pessoas normais provocaria dor (como fincar uma agulha) não provoca nenhuma sensação dolorosa. Como consequência disto, costumam morrer mais jovens por traumatismos e lesões ao não sentir nenhum dano. Devem estar sempre sob o cuidado dos olhos quando crianças para que não se machuquem eles mesmos.

- Síndrome de Moebius

Frequência: Ao redor de 80 casos documentados na Espanha, 200 na Inglaterra e 5 na Argentina.

Causa: Desconhecida. Nem sequer sabe-se se são os nervos, o tronco do encéfalo ou os músculos que são afetados na origem da doença. Existem muitas e variadas hipóteses mas sem provas que as validem.

Descrição: Devido ao não desenvolvimento de nenhum nervo facial, as pessoas que nascem com esta síndrome carecem de expressão facial. Não podem sorrir, nem franzir a testa, etc. Também não podem mover lateralmente os olhos nem controlar a piscada dos olhos. Com freqüência são encontrados dormindo com os olhos abertos. Têm grandes dificuldades em soprar, engolir, falar e qualquer atividade na que estejam implicados os músculos da face.

- Hermafroditismo Verdadeiro

Frequência: Ao redor de 500 casos documentados em todo mundo. Desconhece-se a frequência real na população.

Causa: A pessoa hermafrodita é uma quimera. Produz-se pela fusão de dois zigotos de sexos diferentes. Isto é, primeiro um espermatozóide fecundaría um óvulo e depois outro espermatozóide fecundaría um outro óvulo. Os zigotos formados estariam destinados a serem gêmeos, mas acabam fundindo-se e se tornando um único indivíduo que, geneticamente, é mulher e homem ao mesmo tempo. Desconhece-se por que se produz esta fusão.

Descrição: Os hermafroditas têm tanto tecido ovárico como testicular. Os genitais externos são ambíguos e possuem componentes de ambos sexos. As pessoas hermafroditas podem ter aparência tanto feminina como masculina.

- Fibrodisplasia ossificante progressiva

Frequência: 200-300 casos documentados em todo mundo. Os poucos conhecimentos que se tem da doença, muitas vezes, impossibilita o diagnóstico. Estima-se que surja um caso para cada dois milhões de nascimentos.

Causa: Desconhecida. É uma doença de herança autossômica dominante. Pensa-se que estão implicados vários genes encarregados de sintetizar fatores de crescimento ósseo.

Descrição: Nesta doença dão-se episódios repetidos de inflamação dos tecidos macios e o desenvolvimento de tumores subcutâneos e nos músculos. Estas lesões provocam a formação de osso em lugares onde nunca deveria existir osso, como ligamentos, músculos, tendões, articulações… Os traumatismos também desencadeiam e fazem avançar a ossificação dos tecidos macios. Progressivamente, o indivíduo irá perdendo cada vez mais a mobilidade até que, por impossibilidade de movimento da musculatura encarregada da respiração, morre por asfixia.

- Maldição de Ondina (Hipoventilação alveolar primária)

Frequência: Entre 200-300 casos conhecidos em todo mundo. Por ser causa de morte súbita pensa-se que os casos conhecidos são só a ponta do iceberg e que na realidade 1 bebé a cada 200.000 nasçam com esta anomalia.

Causa: Parcialmente conhecida. A principal causa é uma mutação ou vários do gene PHOX2B, de herança autossômica dominante. Os mecanismos da respiração involuntária não funcionam adequadamente. Ao dormir, os receptores químicos que recebem sinais (baixa de oxigênio ou aumento de dióxido de carbono no sangue) não chegam a transmitir os sinais nervosos necessárias para que se dê a respiração.

Descrição: Nas formas mais leves da maldição de Ondina, o sujeito poderá viver normalmente, mas estará sempre sonolento durante o dia, se cansará facilmente, constante dor de cabeça com aumento do nível de glóbulos vermelhos.Nas formas mais graves costuma aparecer desde o nascimento, e a maioria de bebês morrem sem que muitas vezes se chegue a saber a causa. No entanto, naquelas pessoas em que a doença piora progressivamente e podem causar a morte de quem dorme, costuma se tratar com ventilação assistida durante a noite.


- Síndrome de Proteus


Frequência: 200 casos documentados em todo mundo atualmente. Estima-se que surja um caso por mais de um milhão de nascimentos. Alguns médicos especialistas defendem que provavelmente seja causado por um gene dominante letal. Outros dizem que se deva a uma recombinação no embrião dando lugar a três tipos de células: Células normais, células de crescimento mínimo e células de crescimento excessivo.

Descrição: Existem uma grande quantidade de malformações cutâneas e subcutâneas, com hiperpigmentação, malformações vasculares e crescimento irregular dos ossos. Produz-se o gigantismo parcial dos membros ou o crescimento excessivo dos dedos enquanto algumas zonas do corpo crescem menos do que deveriam. Tudo isto provoca uma desfiguração extrema da pessoa que costuma ser socialmente estigmatizada. Josep Merrick, o famoso “Homem Elefante”, sofria desta síndrome.

- Síndrome Hutchinson -Gilford


Frequência: Ao redor de 100 casos documentados. Estima-se que aparece um caso da doença a cada 8 milhões de nascimentos, ainda que poderia ser maior já que muitas vezes não chega a ser diagnosticada.

Causa: Parcialmente conhecida. A maioria dos casos são produzidas por mutações de herança autossômica dominante no gene LMNA. Este gene participa na manutenção da estabilidade nuclear e a organização da cromatina.

Descrição: Os indivíduos com esta síndrome envelhecem muito rapidamente desde a infância. No nascimento têm uma aparência totalmente normal, mas crescem cada vez mais lentamente que as outras crianças e desenvolvem uma expressão facial muito característica. Perdem o cabelo, adquirem rugas e padecem de um dano severo das artérias (arteriosclerose) que causa à morte nos primeiros anos da adolescência.

- Rabo Humano (Rabo Vestigial)



Frequência: Ao redor de 100 casos documentados em todo mundo.

Causa: Não se conhece em profundidade. Acha-se que é produzido pela mutação dos genes encarregados de produzir a morte celular das células que estavam destinadas a formar um rabo.

Descrição: Observa-se a presença de uma rabo na zona final do sacro, no nível do cóccix. O rabo é composto de músculos, vasos sanguíneos, nervos, pele, vértebras e cartilagem.

- Gêmeo Parasita (Fetus in Fetus)

Frequência: Ao redor de 100 casos documentados em todo mundo.

Causa: É um exacerbo do caso dos siameses. Dois gêmeos não chegam a se separar completamente quando são zigotos e ficam unidos por alguma zona. Um destes gêmeos cresce enquanto o outro se atrofia ficando no interior do gêmeo são e dependendo completamente dele. Desconhece-se por que os gêmeos não se separam corretamente.

Descrição: Quando o feto hospedador consegue sobreviver ao parto, este fica com um inchaço na zona onde se situe o feto parasita. 80% das vezes encontra-se na região abdominal, mas também pode se encontrar no crâneo e até no escroto. Também pode passar desapercebido no princípio. Mais tarde, conforme a pessoa vai crescendo também cresce o feto parasita. Ao realizar provas de imagem observam-se órgãos em lugares onde não deveriam existir ainda que também podem se ver umas diminutas pernas, braços, dedos, cabelo ou qualquer outro elemento do feto que tenha desenvolvido. Não há dois casos iguais de “fetus in fetus”, já que os fetos parasitas podem se situar em zonas muito diferentes do feto hospedador e, por tanto, também será diferente o grau de crescimento e elementos que tenha chegado a desenvolver. Há fetos parasitas muito desenvolvidos e outros que só possuem um número escasso de órgãos.

- Síndrome do Homem Lobo (Hipertricose Lanuginosa Congênita)

Frequência: 40-50 Casos documentados em todo mundo desde sua descoberta. A incidência natural (sem contar os casos em famílias) estima-se um caso entre 1 a 10 bilhões de habitantes.

Causa: Desconhecida. Pensa-se que é uma mutação e a maioria é de herança familiar e, muito raramente, a mutação dá-se de forma espontânea.

Descrição: As pessoas que padecem da doença ficam completamente cobertas por um longa lanugem (cabelo) exceto nas palmas das mãos e dos pés. O comprimento do cabelo pode chegar a 25 centímetros. A lanugem é o cabelo fino (como se fosse uma penugem) que aparece nos recém nascidos e que desaparece normalmente depois do primeiro mês do nascimento. As pessoas que padecem desta forma de doença, a lanugem persiste e pode crescer durante toda a vida ou desaparecer com os anos.

sábado, 16 de maio de 2009

Painel americano recomenda mudança de remédios contra dor para idosos

Fonte: G1
Altas quantidades de aspirina ou paracetamol poderiam trazer perigo.Especialistas sugerem que opioides são alternativa para dor crônica.
Poucas pessoas pensam duas vezes antes de tomar aspirinas ou ibuprofeno. Mas, para aqueles com mais de 75 anos, as altas doses necessárias para tratar dores crônicas podem ser tão perigosas que os pacientes podem ser aconselhados a tomar opioides, conforme descobriu um time de especialistas. As novas diretrizes de administração da dor, divulgadas pela American Geriatrics Society (Sociedade Geriátrica Americana) no fim do mês passado, removeram esses medicamentos de todos os dias, chamados de NSAIDs (sigla em inglês para medicamentos antiinflamatórios não-esteroides), da lista de remédios recomendados para adultos idosos com dores persistentes. A equipe disse que os analgésicos deveriam ser usados “raramente” nessa população, “com extremo cuidado” e somente em “indivíduos altamente selecionados”. O paracetamol (como Tylenol) segue sendo a principal escolha para tratamento de dores crônicas. No entanto, para os pacientes incapazes de obter alívio, o próximo passo são os opioides, dizem os direcionamentos – contanto que os pacientes e seus responsáveis sejam examinados por uso de drogas anteriormente. A recomendação, que já está se provando controversa, foi feita mesmo que os NSAIDs sejam conhecidos como bastante eficazes em condições de dores inflamatórias crônicas que frequentemente atacam adultos idosos, e mesmo que os opiáceos possam ser viciáveis.

Riscos “Nós fomos um pouco fortes a respeito dos riscos dos NSAIDs em idosos”, disse o Dr. Bruce Ferrell, professor de geriatria na UCLA e diretor da equipe. “Detestamos descartar gratuitamente algo valioso – eles realmente funcionam para algumas pessoas –, mas é um risco bastante alto quando esses medicamentos são ministrados em doses de moderadas a altas, especialmente quando usados ao longo do tempo”. “Parece que os pacientes estariam mais seguros com opióides do que com altas doses de NSAIDs por longos períodos de tempo”, ele continuou, acrescentando que, para a maior parte dos idosos, o risco de se viciar parece baixo. “Você não vê pessoas dessa faixa etária roubando um carro para conseguir sua próxima dose”. Todavia, especialistas em dor afirmam ser difícil fazer generalizações, e que deve-se prescrever opióides com extrema cautela – não importando a idade do paciente. “Estamos observando um enorme aumento nacional de relatos sobre uso errado e desvios de remédios receitados e mortes relacionadas”, disse o Dr. Roger Chou, especialista em dor que não estava envolvido na criação das diretrizes para os idosos, mas que dirigiu o programa de diretrizes clínicas para a American Pain Society. “As preocupações sobre opioides são muito reais”.

Efeitos colaterais Há também uma preocupação a respeito dos efeitos colaterais possivelmente associados ao uso de opioides, incluindo problemas respiratórios, constipação, fadiga e náuseas, disse Chou. Muitos membros da equipe relataram ter laços financeiros com fabricantes de medicamentos, mas o diretor, Ferrell, disse não ter conflitos de interesses em relação aos remédios sob discussão e que os direcionamentos eram revisados por colegas. Ferrel reconheceu que as evidências científicas sobre o vício entre idosos era limitada, porque poucos estudos focam pessoas com mais de 75 anos. Os riscos das NSAIDs incluem úlceras, sangramentos gastrointestinais e, com alguns medicamentos, um maior risco de ataques cardíacos ou derrames. Os medicamentos não interagem bem com remédios para problemas cardíacos e outras condições, e muitos aumentam a pressão sanguínea e afetam o funcionamento dos rins, dizem os especialistas. As diretrizes não devem desencorajar o tratamento da dor. Especialistas envolvidos no trabalho dizem que a dor crônica cobra um grande preço nos idosos. Além disso, muitas vezes deixa de ser tratada. As novas diretrizes tampouco devem afetar as recomendações sobre tomar aspirinas infantis para proteger o coração; a quantidade da aspirina – 81 miligramas – é muito pequena, correspondendo a um quarto da dose de uma pílula para adultos.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Grupo descobre molécula que regula células-tronco da medula óssea

Fonte: Luis Fernando Correia Especial para o G1
Pesquisa foi feita no Massachusetts General Hospital, nos EUA. Esperança é usar substância como sinalizador para cura.
Cientistas do Massachusetts General Hospital descobriram uma molécula que regula a circulação das células-tronco até a medula óssea e também influi nos processos regenerativos dos ossos. As células-tronco do sangue, ou hematopoiéticas, são responsáveis pela produção de cerca de 10 milhões de células sanguíneas a cada dia e são utilizadas no tratamento de doenças como linfomas e outras formas de câncer.
Essas células são extremamente potentes e por isso são utilizadas na regeneração da produção de células do sangue e células do sistema imune. Os pacientes que recebem um transplante de medula óssea tiveram sua fonte produtora dessas células atingidas por alguma doença ou pelo tratamento específico do câncer. Após a retirada da medula óssea, as células são introduzidas no organismo do receptor através da injeção em uma veia.
O conhecimento obtido com a pesquisa realizada em Boston permite aos médicos entender como as células que foram administradas aos pacientes viajam até os locais de implantação nos receptores. A molécula identificada está envolvida na regulação da regeneração constante dos ossos, conhecida como remodelação óssea, e é chamada de CaR. A presença dessa molécula na superfície das células facilita a entrada das células transplantadas na medula óssea.
Essa descoberta abre caminho para o desenvolvimento de medicamentos que usem a molécula descrita como sinalizador, indo diretamente aonde está o problema.

Mulheres são mais resistentes a infecções do que homens, diz pesquisa

Fonte:G1
Segundo estudo, ação de hormônio feminino ajudaria a fortalecer sistema imunológico.
As mulheres são mais resistentes a infecções do que os homens graças à ação de hormônios sobre seus sistemas imunológicos, segundo afirma um estudo de pesquisadores canadenses. O estudo indicou que a produção de estrogênio pelas mulheres pode ter um efeito benéfico sobre a resposta do organismo a agentes causadores de infecções.
Segundo a pesquisa, publicada na última edição da revista especializada "Proceedings of the National Academy of Sciences", o estrogênio naturalmente produzido pelas mulheres bloqueia uma enzima chamada caspase-12. A ausência da enzima bloquearia, por sua vez, o processo inflamatório.
"Os resultados mostram que as mulheres têm uma resposta mais forte a inflamações do que os homens", comenta a coordenadora do estudo, Maya Saleh, da Faculdade de Medicina da Universidade McGill, de Montreal, no Canadá.

Gene

O estudo foi realizado com camundongos que não têm o gene responsável pela produção da enzima Caspase-12, tornando-os altamente resistentes a infecções.O gene foi então implantado em um grupo de camundongos machos e fêmeas, mas apenas os machos se tornaram mais suscetíveis a infecções.
Os pesquisadores acreditam que, por se tratar de um gene humano, os efeitos verificados nos camundongos seriam os mesmos em seres humanos.
Para Saleh, essa característica específica do sexo feminino poderia ser o resultado de uma evolução para proteger o papel reprodutivo das mulheres.
Segundo a pesquisa, hormônios sintéticos geraram resultados semelhantes ao estrogênio produzido naturalmente.
Isso poderia abrir a possibilidade do desenvolvimento de terapias especiais para fortalecer o sistema imunológico, mas pelo fato de estar ligado a um hormônio feminino, poderia impedir sua utilização por homens.

Exame genético fixa dose de remédio para cada paciente

Fonte: G1
Variantes de DNA indicam como cada organismo lida com medicamento.Teste ajuda pacientes que têm dificuldade com certas drogas.
O Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq-USP) desenvolveu um exame genético que ajuda a determinar a dose certa de medicamento para cada paciente. A velocidade com que o organismo processa ou elimina uma droga varia de pessoa para pessoa. A diferença explica por que a mesma quantidade de remédio causa efeitos adversos em alguns indivíduos e pode ser ineficaz para outros. O novo teste mostra a resposta do organismo de cada paciente a uma variedade de medicamentos - psicofármacos, analgésicos, remédios contra cardiopatias, câncer - e viabiliza o ajuste personalizado da prescrição.
O exame avalia os genes responsáveis pela produção de duas enzimas do fígado: a CYP2D6 e a CYP2C19. Elas atuam no metabolismo de 75% dos medicamentos. Tais genes não são iguais em todas as pessoas. Apresentam formas diferentes, conhecidas como alelos. Os pesquisadores do IPq identificam quais alelos estão presentes no genoma de cada paciente. Há uma associação direta entre o alelo encontrado e a resposta ao remédio. “A pesquisa começou com uma paciente que não melhorava com nada”, recorda Wagner Gattaz, presidente do conselho do IPq e diretor do Laboratório de Neurociências, responsável pelo exame.
A coordenadora de genética do laboratório, Elida Benquique Ojopi, conduziu as pesquisas para desenvolver o exame. Quando ele ficou pronto, foi aplicado na paciente e se descobriu que ela é “metabolizadora ultrarrápida”: seu organismo elimina o remédio antes de ele exercer o efeito terapêutico. Hoje, ela toma uma dose 6 vezes maior do que a usual sem ter efeito colateral. Há três anos não apresenta sinal da doença. O metabolismo de vários antidepressivos, por exemplo, depende das duas enzimas. Estima-se que a dosagem em 25% das prescrições receberia ajustes depois do exame genético.
Elida conta que médicos têm encaminhado pacientes para realizar o exame no instituto. Cerca de 250 pessoas utilizaram o serviço. Até agora, a ocorrência de alelos que não demandam correção na dosagem foi igual para os dois genes: cerca de 62% dos pacientes analisados. Os demais casos requeriam prescrições individualizadas. Nos Estados Unidos, três empresas realizam o exame, que custa, em média, R$ 1.900. O IPq cobra cerca de R$ 500 pelo teste, que não recebe cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS). “O dinheiro é reinvestido em pesquisas do instituto”, aponta Gattaz. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

Enfermeiras Famosas

Nos últimos três séculos alguns nomes da enfermagem mundial tornaram-se referência da história da profissão e dos ensinamentos que a Enfermagem propaga através dos tempos. Imortalizadas, algumas delas como Florence e Ana Néri ainda servem como fonte de inspiração para novos profissionais, para estudiosos, romancistas e interessados na profissão de Enfermeiro.

Florence Nightingale – Dama da Lâmpada. Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália, possuía inteligência incomum, tenacidade de propósitos, determinação e perseverança - o que lhe permitia dialogar com políticos e oficiais do Exército, fazendo prevalecer suas idéias. Dominava com facilidade o inglês, o francês, o alemão, o italiano, além do grego e latim. Em 1845, em Roma, no desejo de realizar-se como enfermeira, estudou as atividades das Irmandades Católicas e em 1849 fez uma viagem ao Egito, onde decide servir a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas. Seu primeiro papel como enfermeira de guerra foi em 1854, na Guerra da Criméia.Durante os combates da Guerra da Criméia, os soldados fizeram de Florence o seu anjo da guarda, pois de lanterna na mão, percorria as enfermarias dos batalhões e acampamentos atendendo os doentes, o que a fez ficar conhecida mundialmente como Lady With The Light. Ao retornar em 1856, adoentada pelo TIFO, Florence recebe um prêmio em dinheiro do governo Inglês, em reconhecimento ao seu trabalho. Ela usa o dinheiro e dá início à Primeira Escola de Enfermagem, fundada no Hospital Saint Thomas, em 1859 e que passou a servir de modelo para as demais escolas que vieram depois.

Ana Neri - Ana Justina Ferreira nasceu em 1813, na Cidade de Cachoeira, na Bahia. Sua vocação como enfermeira começou em meados de 1864, quando seus dois filhos, um médico militar e um oficial do exército, foram convocados para a Guerra do Paraguai (1864-1870). Ana Neri não resiste à separação da família e coloca-se à disposição do governo para ir à guerra, sendo considerada a primeira enfermeira voluntária do Brasil. A atuação de Ana Néri na guerra, junto aos feridos foi incansável. Desdobrou-se como enfermeira, ministrando medicamentos e proporcionando alívio e conforto aos doentes. Após cinco anos de guerra, Néri retorna ao Brasil e o governo imperial lhe concede uma pensão, além de medalhas humanitárias e de campanha e no período já republicano, o nome Ana Néri foi dado à primeira Escola de Enfermagem oficializada pelo governo federal, em 1923, pertencente à Universidade do Brasil. Ana Néri faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de maio de 1880, aos sessenta e seis anos.

Brasileiras na Segunda Guerra Mundial - Nem só os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) ficaram imortalizados durante a Segunda Guerra Mundial. Uma comitiva de mais de 100 enfermeiras brasileiras partiu para o fronte para auxiliar os postos de emergência e para ajudar e facilitar a comunicação entre soldados e oficiais do exército americano com os do exército brasileiro, pois os dois países eram aliados na guerra.

Dia do Enfermeiro: histórias e curiosidades da profissão

Dia 12 de maio comemora-se mundialmente o Dia do Enfermeiro, em referência a Florence Nightingale, um marco da enfermagem moderna no mundo e que nasceu em 12 de maio de 1820. Já no Brasil, além do dia do enfermeiro, entre os dias 12 e 20 de maio, comemora-se a Semana da Enfermagem, data instituída em meados dos anos 40 em homenagem a dois grandes personagens da enfermagem no mundo: Florence Nigthingale e Anna Nery, enfermeira brasileira e primeira enfermeira a se alistar voluntariamente em combates militares.
A profissão tem sua origem milenar e data da época em que ser enfermeiro era uma referência à quem cuidava, protegia e nutria pessoas convalescentes, idosos e deficiente. Durante séculos a Enfermagem forma profissionais em todo o mundo comprometidos com a saúde e o bem-estar do ser humano. Só no Brasil, são mais de 100 mil enfermeiros, além de técnicos e auxiliares de enfermagem que somam cerca de 900 mil profissionais em todo país. Essas variações de cargos fazem com que mais profissionais se juntem ao setor e à novas possibilidades de trabalho nesta área.
Origem da ProfissãoDesde os tempos do Velho Testamento a profissão de enfermeiro já era reconhecida por aqueles que cuidavam e protegiam pessoas doentes, em especial idosos e deficientes, pois nessa época, tais atitudes garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência. Nesta época e durante muitos séculos, a enfermagem estava associada ao trabalho feminino, caracterizado pela prática de cuidar de grupos nômades primitivos..
Com o passar dos tempos, as práticas de saúde evoluíram e entre os séculos V e VIII a Enfermagem surge como uma prática leiga, desenvolvida por religiosos como se fosse mais um sacerdócio. Sendo assim, tornou-se uma prática indigna e sem atrativos para as mulheres da época, pois consideravam o trabalho como um serviço doméstico, o que atestava queda dos padrões morais que a sustentavam, até então, o trabalho da enfermagem.
Mesmo com essa crise da profissão, a evolução do trabalho associados ao reconhecimento da prática, em meados do século XVI a enfermagem já começa a ser vista como uma atividade profissional institucionalizada e no século XIX, vista como Enfermagem moderna na Inglaterra. A partir daí, foram catalogadas definições e padrões para a profissão e a ANA ( American Nurses Association) define a Enfermagem como: uma ciência e uma arte, levando em consideração que o objetivo principal do trabalho é o de cuidar dos problemas reais de saúde por meio de ações interdependentes com suporte técnico –científico, bem como reconhecer o papel significativo do enfermeiro de educar para saúde, ter habilidades em prever doenças e o cuidado individual e único do paciente.
De onde vem o nome EnfermeiroA palavra Enfermeira/o se compõe de duas palavras do latim: “nutrix” que significa Mãe e do verbo “nutrire” que tem como significados, criar e nutrir. Essas duas palavras, adaptadas ao inglês do século XIX acabaram se transformando na palavra NURSE, que traduzido para o português, significa Enfermeira.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Grávida de 16 anos dá à luz bebê após ser baleada na Bahia

Fonte: G1
Segundo a polícia, jovem foi vítima de bala perdida em Eunápolis (BA).Ela saía da escola quando foi atingida nas costas.
Uma adolescente de 16 anos foi atingida nas costas por uma bala perdida quando voltava da escola, em Eunápolis (BA), na noite desta terça-feira 12/05/2009. Segundo parentes, a adolescente Crislane Lima Santos estava grávida, mas o tempo de gestação não foi divulgado. Ela teve de fazer uma cirurgia cesariana para salvar a vida dela e do bebê.Ao perceber que estava ferida, a jovem pediu ajuda para a tia, que mora a poucos metros do local dos disparos. A jovem foi levada para o Hospital Regional de Eunápolis e transferida para o Hospital Luiz Eduardo Magalhães, em Porto Seguro (BA).

Segundo familiares da adolescente, a criança e a mãe não correm mais risco de morrer. A jovem segue internada, mas não tem previsão de alta.
Um outro tiro atingiu o antebraço de um adolescente de 17 anos, no mesmo local onde a jovem grávida foi baleada.

Primeiro contaminado com gripe no Rio deixa hospital

Fonte: G1
Jovem de 21 anos está recuperado e já não pode transmitir a doença.Segundo paciente a ser internado deve ter alta nesta quinta-feira 14/05/2009.
O primeiro paciente a ser internado no Rio com a nova gripe teve alta do hospital universitário Clementino Fraga Filho, na Ilha do Governador, no subúrbio do Rio, nesta quarta-feira 13/05/2009. A assessoria do hospital não informou o horário em que ele deixou local.

Ele está em excelente estado de saúde. Segundo Roberto Fiszman, Chefe do Serviço de Epidemiologia e Avaliação da instituição, o rapaz, de 21 anos, também está imune a doença.
"Depois dos dez dias não há mais possibilidade de transmissão da doença e o paciente recuperado se torna imune a ela, ao menos isso é o que se sabe até agora”, explicou o médicoO segundo paciente contaminado com a nova gripe, de 29 anos, também se encontra no local e pode ser liberado na quinta-feira 14/05/2009, quando terminam seus dez dias de isolamento. Ele está se recuperando e já não tem mais febre há mais de três dias. Sua mãe, de 52 anos, está no oitavo dia da doença e foi a terceira pessoa a dar entrada no hospital universitário com a nova gripe, no último dia 9. Sem febre há quatro dias, ela também se recupera. As informações são de Roberto Fiszman, Chefe do Serviço de Epidemiologia e Avaliação da instituição. Outro paciente de 24 anos, com suspeita de contaminação, aguarda internado o resultado de exames que possam confirmar a doença. O material coletado foi enviado a Fundação Oswaldo Cruz na noite de terça-feira 12/05/2009. Ele está febril e pode ter sido infectado nos Estados Unidos, de onde voltou de viagem há menos de uma semana.

Três casos suspeitos são liberados

Três pessoas que estavam internadas com suspeita da nova gripe no Hospital Evandro Chagas, da Fiocruz, foram liberadas. Um paciente deixou o hospital na terça-feira 12/05/2009 e os outros dois nesta quarta 13/05/2009, segundo informou a assessoria da própria fundação.

Lei que obriga planos a custear vasectomia e laqueadura entra em vigor

Fonte: G1
Lista de procedimentos inclui ainda a implantação do DIU. Texto foi publicado no Diário Oficial da União na terça-feira dia 12 de maio de 2009.
A lei que obriga os planos de saúde a cobrirem procedimentos médicos de concepção já está em vigor. Entre os procedimentos que poderão ser cobertos estão as cirurgias de vasectomia e laqueadura e a implantação do DIU. O texto foi publicado na edição de terça-feira 12/05/2009 do Diário Oficial da União, após sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Agora, quem quiser fazer uma fertilização assistida, por exemplo, vai poder contar com a cobertura de planos privados. Há cerca de um ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar determinou a cobertura para procedimentos de contracepção, mas, até a publicação da lei, não havia regras para o caso de métodos de concepção.
Está previsto também atendimento de urgência para acidentes pessoais ou complicações durante a gravidez, além da emergência para os casos em que o paciente corre risco imediato de vida ou lesão irreparável, mediante declaração do médico assistente.
Na prática
O presidente da Associação que reúne as empresas de planos de saúde, Arlindo de Almeida, reconheceu, há dois meses, quando o projeto foi aprovado no Senado, que ainda há dificuldade para a aplicação do rol. Mesmo assim considerou o projeto aprovado redundante. Já a Agência Nacional de Saúde Suplementar disse que a nova lei será mais um instrumento de defesa do consumidor. “À medida em que a lei institui também ações de planejamento familiar, ela nada mais faz do que legitimar já a iniciativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Ela transmite à sociedade e ao próprio setor que você vai poder ter sim ações de planejamento familiar custeadas pelo seu plano de saúde”, disse Eduardo Sales, diretor de fiscalização da ANS, na aprovação do projeto pelo Senado. A sanção do projeto pode ajudar pessoas como o funcionário público Rogério Oliveira Souza, que tem plano de saúde. Quando ele decidiu fazer vasectomia, precisou pagar do próprio bolso. “A vasectomia foi R$ 700. O médico deu um desconto porque a tabela é R$ 1.000”, disse.

“Planejamento familiar agora será coberto como um todo. Antes era só a contracepção. Por exemplo, o uso de DIU, de laqueadura, de vasectomia. Agora a concepção também, ou seja, a fertilização, a fecundidade da mulher ou do homem estarão protegido pelos planos de saúde”, disse a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), que foi relatora do projeto.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Rosto Transplantado

Fonte: G1 com informações do Jornal Nacional
Imagens recém-divulgadas mostram como deve ficar, ao final de tudo, o rosto da americana Connie Culp, que passou por um transplante de face nos Estados Unidos primeiro procedimento do tipo naquele país. Os médicos não garantem que ela ficará com esse visual mas essa é a expectativa, caso a recuperação da cirurgia se dê da melhor maneira o que não é de modo algum garantido. Ela e outras pessoas que passaram por versões desse procedimento pioneiro vão enfrentar dificuldades para controlar a rejeição dos tecidos faciais pela vida toda.
Para esses pacientes, vale a pena o risco. Afinal, o novo rosto é a única chance de voltar a se alimentar normalmente, de conseguir falar ou mesmo de aparecer em público sem provocar repulsa em outras pessoas.
Culp, 46, teve a face destruída em 2004 por um tiro disparado pelo próprio marido. Ela só conseguiu voltar a comer alimentos sólidos, como pizza, frango e hambúrguer, no último mês de janeiro. E também ressaltou as sérias dificuldades sociais ligadas à sua deformidade. “Quando ver alguém com o rosto desfigurado, não julgue essa pessoa, porque você nunca sabe o que aconteceu com ela”, declarou Culp em entrevista coletiva. "Precisamos do nosso rosto para poder encarar o mundo", ecoou a médica Maria Siemionow, que participou do procedimento. O procedimento, inédito nos EUA, foi realizado na Cleveland Clinic, em Ohio. Culp recebeu, além da face de uma pessoa morta não-identificada, também o osso do nariz e partes da arcada dentária superior, destruídos pelo tiro.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Gripe suína coloca governos e agentes de saúde em sinuca de bico

Fonte:G1, Lawrence K. Altman Do 'New York Times'
Dados não são suficientes para concluir tamanho do problema. Pode ser o início de uma pandemia ou não.
Mesmo depois de tudo que os cientistas aprenderam sobre a gripe, desde a catastrófica pandemia ocorrida entre 1917 e 1919, uma coisa continua a mesma: a natureza previsivelmente imprevisível dos vírus responsáveis por ela. A súbita detecção do novo vírus da gripe suína, A(H1N1), ocorreu exatamente enquanto os cientistas focavam cautelosos as mudanças comportamentais observadas em outro vírus, o A(H5N1) da gripe aviária, no Egito. Virologistas rastrearam o vírus aviário desde sua descoberta em Hong Kong, no ano de 1997.
A Organização Mundial de Saúde disse, no último fim de semana, que o novo vírus da gripe suína tinha potencial para causar outra pandemia, mas não possuía instrumentos para descobrir se isso realmente aconteceria. A OMS e agências de saúde pública, como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, se encontram numa delicada situação, obrigados a fornecer informações sobre doenças potencialmente letais sem causar pânico.
Embora agentes de saúde tenham realizado exercícios de preparação para pandemias e epidemias causadas por bioterrorismo, eles ainda têm de dominar as habilidades de comunicação necessárias. Eles estão numa situação em que não há maneiras de ganhar. Uma decisão sobre restrições ou alertas de viagens, por exemplo, poderia afetar o comércio e as finanças num momento de caos econômico. Se a emergência na saúde pública, declarada pela OMS e pela administração Obama, se mostrar um alarme falso, funcionários serão atacados por preocupar desnecessariamente milhões de pessoas – e talvez até por gerar medo para justificar seus orçamentos. Se uma pandemia se materializar, alguns dos mesmos críticos muito provavelmente culparão esses funcionários por fracassar em evitá-la.

Perder ou perder

A história ensina que o vírus da gripe entra em mutações para causar disseminação mundial cerca de duas vezes por século, em média. Todavia, os cientistas ainda precisam descobrir o agente causador das mutações, quando elas ocorrerão, e o que torna certos vírus mais letais que outros. Epidemiologistas sabem que o número de casos relatados nos dias logo após a detecção de um novo tipo pode ser enganoso, assim como as pesquisas preliminares nas eleições políticas. Para avaliar epidemias eles precisam, entre outras coisas, de informações precisas a respeito do número de casos; onde eles estão ocorrendo; a distribuição de idade dos infectados; e que tipo de contato eles tiveram uns com os outros. Neste estágio da investigação da gripe suína, esses dados são, de maneira geral, inexistentes O mais assombroso é por que as mortes reportadas ocorreram somente no México até agora (salvo o caso de um bebê mexicano nos EUA), e por que os casos confirmados em outros lugares são moderados. A disparidade não pode ser explicada por qualquer fator biológico aparente. Ela poderia, então, refletir indução nos relatos? Por exemplo, autoridades mexicanas podem apresentar maior probabilidade de procurar a gripe suína em hospitais do que as autoridades em outros países – que podem estar focando em populações menos vulneráveis, como turistas. Em contraste, aqueles outros países podem não ter tempo para se concentrarem em mortes nos hospitais. Ocasionalmente, alertas acerca de um novo vírus, ou uma mutação de um vírus antigo, vêm de um laboratório. Com maior frequência, as mortes são a primeira pista. Entretanto, as altas taxas iniciais de mortalidade muitas vezes diminuem à medida que os funcionários de saúde descobrem que o micróbio culpado também causa casos leves, até mesmo sem sintomas. Funcionários podem descobrir que a epidemia já vinha ocorrendo silenciosamente há semanas ou meses.

Espalhando-se rápido O H1N1 parece ser facilmente transmitido de pessoa a pessoa, e relatos dos Estados Unidos sugerem que alguns casos leves podem passar sem detecção. Isso permite à doença a possibilidade de se espalhar ainda mais. Em contraste, a gripe aviária matou 257 pessoas das 421 que a contraíram. Todavia, ela mostrou pouca habilidade em passar de pessoa para pessoa, infectando principalmente aves de criação. Alguns especialistas sugerem a existência de algo a respeito do vírus H5N1 capaz de torná-lo inerentemente menos transmissível entre pessoas. A Sars, sigla em inglês para Síndrome Respiratória Aguda Grave, é facilmente transmitida e virulenta. Numa epidemia de 2003, em Hong Kong, ela matou 299 das 1.755 pessoas infectadas. Autoridades de saúde de lá estão aplicando agressivamente as lições aprendidas com a Sars. Enquanto o México luta para confirmar casos de gripe suína e envia amostras aos Estados Unidos, Hong Kong já está realizando exames genéticos rápidos em amostras de pacientes – e terá laboratórios fazendo isso em seis hospitais locais até quinta-feira. Numa epidemia de gripe, a vigilância padrão, ou monitoramento de doenças, é crucial. Esse esforço pode determinar quantos dos casos confirmados são brandos ou fatais, pintando uma imagem mais precisa da virulência. Como parte do exercício, epidemiologistas, virologistas e outros funcionários da saúde também entrevistaram pacientes e médicos. Eles examinam muitas amostras. O objetivo é responder a uma lista de perguntas, incluindo as seguintes:
-- Se as mortes ocorrem nos estágios iniciais ou finais da infecção.
-- Se aqueles que morreram também apresentavam algumas indisposições ocultas, e quais.
-- Se os pacientes infectados reagiram a medicamentos-padrão anti-gripe.
-- Se eles desenvolveram infecções secundárias por bactérias, e em caso positivo, quais tipos.
-- Se o período de incubação – o tempo que se leva para desenvolver sintomas após a exposição a um vírus modificado – difere daquele conhecido para vírus da gripe, geralmente de um a três dias.
-- Se o novo vírus ataca principalmente indivíduos saudáveis ou tem uma predileção por pessoas com certas doenças.
-- Que porcentagem dos infectados pode ter sido protegida por vacinas anteriores contra a gripe. Ainda é cedo demais para descobrir as respostas para o novo vírus de gripe suína. E como os cientistas bem sabem, eles já se enganaram antes.

Erros anteriores Em 1976, após uma pequena epidemia de gripe suína em Fort Dix, Nova Jersey, funcionários da saúde pública persuadiram o presidente Gerald R. Ford e o Congresso a montar uma campanha nacional de imunização, que chegou sob duras críticas. Porém, 60 anos antes, um vírus da gripe que aparentemente começou como uma leve epidemia na primavera, voltou como um furacão alguns meses depois. Qual modelo será seguido pelo vírus da gripe suína? Os cientistas só podem se preparar para o pior e rezar pelo melhor.
Fonte: FolhaOnline
Em cerca de um mês, um novo tipo de gripe suína matou 22 pessoas o número poderá superar cem, conforme as causas das mortes são confirmadas em laboratório e atingiu mais de 1.600 no México. Há casos confirmados também nos vizinhos Estados Unidos e Canadá e na Espanha. Diversos países investigam casos suspeitos.
Para os cientistas, atualmente, a principal suspeita é a de que o vírus tenha surgido a partir da combinação, em porcos, de vírus de gripe humana, suína e aviária. Do porco, esse novo vírus chegou aos humanos, que passaram a transmiti-lo entre si.
Conheça mais sobre a provável origem da gripe:
Arte/"Folha S.Paulo"